"Adolescência é um período de vida compreendido entre 10 e 20 anos, é uma fase bastante conturbada. Ocorrem transformações físicas e emocionais importantes, preparando a criança para assumir um novo papel perante a família e a sociedade. A criança desenvolve-se, amadurece e fica apta para usufruir sua sexualidade, firmando sua identidade sexual e buscando um par, já com a possibilidade de gerar filhos."
A primeira relação sexual ocorre cada vez mais cedo entre os jovens brasileiros. "A iniciação se dá por volta dos 15 anos, o que, em linguagem estatística, significa dos 13 aos 17", afirma a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade (Prosex) do Instituto de Psiquiatria da USP. A 3ª Pesquisa Nacional de Demografia da Saúde da Mulher e da Criança, realizada pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e divulgada no mês passado, reforça esse dado: na faixa etária de 15 a 19 anos, 32,6% das entrevistadas admitiram ter tido a primeira relação aos 15 anos. Há dez anos, eram 11,5%. aos 10 anos, 75% dos alunos já tiveram algum contato erótico, como beijo de língua, amassos e toques em partes erógenas. Geralmente, essas experimentações acontecem entre os próprios adolescentes e muitos aderem para não ficar com fama de "criancinha", em busca da aprovação do grupo. Pesquisas mostram ainda que, no primeiro relacionamento duradouro, a garotada passa das carícias para a relação sexual com penetração em no máximo sete meses. A partir daí, inclui de tudo em suas práticas – sexo vaginal, oral, anal, masturbação mútua. Se você está se perguntando onde tudo isso acontece, saiba que, em metade dos casos, é na casa de um dos dois, com consentimento aberto ou velado dos pais. Os outros 50% ocorrem em viagens e passeios em grupos, festas na casa dos amigos, banheiros de raves e casas noturnas. E, para quem não sabe, "ficar" agora é também chamado de "beijar" e pode ou não incluir relação sexual. A cada ano, cerca de 4 milhões de adolescentes tornam-se sexualmente ativos no Brasil, segundo informações do Ministério da Saúde. "E a ocorrência de gravidez tem aumentado entre as meninas mais novas".
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